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Golpes no WhatsApp: veja cinco fraudes comuns e como se proteger delas

  • Data: 12/Abr/2024

Brasil é o terceiro país do mundo com mais usuários do aplicativo de mensagens

 

O WhatsApp foi o aplicativo para smartphones mais utilizado pelos brasileiros em 2023. Ao fim do ano, o presidente do app, Will Cathcart, afirmou que o Brasil é "o país do WhatsApp", embora seja a terceira nação em número de usuários — atrás da Índia e da Indonésia.

Com essa relevância no dia a dia dos brasileiros, o sistema de mensagens instantâneas também se tornou um dos canais prediletos para criminosos aplicarem golpes. Um estudo da consultoria Kaspersky revelou que o Brasil foi o alvo mais visado no mundo em golpes com links falsos no WhatsApp em 2022.

Os métodos e formatos variam, mas o objetivo é sempre o mesmo: extorquir dinheiro do usuário. Enquanto alguns estelionatários clonam contas e se passam por amigos e parentes pedindo dinheiro, outros oferecem benefícios se passando por empresas, bancos ou órgãos do governo.

Selecionamos alguns dos golpes do WhatsApp mais comuns e algumas dicas para evitá-los. Confira:

Golpes mais comuns no WhatsApp

1. Roubo e clonagem da conta

Para conseguir clonar e roubar a conta do WhatsApp de usuários, alguns golpistas entram em contato com a vítima solicitando o código de verificação do aplicativo. Com esse PIN, é possível transferir a conta do mensageiro de um celular para o outro. Por isso, o WhatsApp informa que ele não deve ser compartilhado com ninguém.

Se essa combinação cair nas mãos do golpista, ele conseguirá facilmente acessar sua conta, quebrando a barreira de proteção da autenticação de dois fatores. Com isso, o criminoso poderá mudar a sua senha, bloqueando seu acesso de maneira definitiva e gerando mais dores de cabeça. Recentemente, um usuário tentou registrar em vídeo uma tentativa de golpe contra ele, mas acabou caindo mesmo assim, por não saber que o código não deve ser compartilhado.

Para se proteger, a recomendação é nunca repassar os PINs de autenticação recebidos no seu celular. Bloqueie o usuário que solicitou o código e faça uma denúncia ao WhatsApp. A ativação da confirmação de duas etapas também é imprescindível.

2. Golpista se passa por familiar ou amigo

Quando os golpistas conseguem clonar o Whatsapp de uma vítima, é comum que eles enviem mensagens para os contatos se passando por um familiar ou amigo e, em geral, pedindo dinheiro.

Este mesmo golpe também é aplicado também sem que os criminosos assumam o controle da conta. Muitas vezes, eles criam um outro perfil, com a mesma foto da pessoa, e acionam contatos dizendo que houve uma troca do chip.

Os pedidos de dinheiro quase sempre vêm acompanhados de algum relato de um acontecimento inesperado, que justifica a urgência no repasse de valores, e da promessa de devolução.

É fundamental que antes de fazer qualquer tipo de transferência, você verifique os dados. Entre em contato com o número original da pessoa, ou contate pessoas próximas, ainda que o estelionatário alegue que o número anterior foi perdido. Em último caso, também é possível pedir áudios ou fazer chamadas de vídeo para confirmar a identidade de quem está pedindo dinheiro.

3. Ofertas com preços imperdíveis

É preciso ficar atento a ofertas com preços imperdíveis e promoções fora de época recebidas pelo WhatsApp. Em muitos casos, o produto está à venda com 50% de desconto ou acompanhado de um brinde. O senso de urgência é um elemento padrão neste tipo de golpe, pois dá a entender que o usuário precisa comprar o produto naquele momento, seja pela limitação de estoque ou pelo período da promoção.

Contudo, ao clicar no link recebido o usuário é redirecionado para um site fraudulento, onde precisa preencher um cadastro com informações como nome completo, e-mail, número de telefone e endereço. Além do risco de comprometer a privacidade dos dados, esse tipo de plataforma também pode infectar o dispositivo.

A principal recomendação para se proteger desse tipo de golpe é não abrir links suspeitos, ainda que sejam encaminhados por pessoas de confiança. Também é possível fazer a checagem de segurança em sites verificadores, como o PSafe, além de conferir se as ofertas existem nas plataformas oficiais das marcas indicadas. Outra dica é prestar atenção na URL do site e elementos suspeitos, como a presença de erros ortográficos, por exemplo.

4. Benefícios do governo federal

Os benefícios concedidos pelo governo gederal à população em situação de vulnerabilidade social também são frequentemente usados como isca por golpistas. As mensagens fraudulentas em geral vêm com a promessa de desbloqueio de valores por meio de links suspeitos.

Para evitar esse tipo de prática, é fundamental verificar os canais oficiais do governo federal. Todos eles podem ser acessados com os mesmos dados de login da conta Gov.br. Também é importante ler sobre benefícios em portais e veículos de imprensa confiáveis.

5. Convite suspeito

Com a proposta de instalação da versão "Gold" do WhatsApp, os golpistas encaminham aos usuários uma mensagem de uma suposta conta oficial do aplicativo. Com o logotipo do app na foto de perfil, o estelionatário oferece ao usuário a possibilidade de acessar uma nova versão do programa, com mais recursos, de forma gratuita.

No entanto, ao acessar o link, um malware (vírus) é instalado no dispositivo com o objetivo de roubar informações confidenciais, como dados bancários. Nesse caso, a recomendação é que nunca se confie em atualizações do WhatsApp que não estejam disponíveis na Google Play Store, para Android, e da App Store, para iPhone (iOS). Se você receber um convite suspeito para fazer um download, apenas bloqueie o usuário.

 

Fonte: GZH

Foto: Mateus Bruxel / Agência RBS

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