Assembleia Legislativa aprova projeto que torna trabalho de 'guasqueiros' patrimônio do RS
Tradição consiste em transformar couro cru em peças de artesanato e montaria. Mostra e livro sobre trabalho dos guasqueiros serão lançados nesta quarta-feira (24) na Capital.
Um projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa na terça-feira (24) reconhece como patrimônio histórico e cultural do Rio Grande do Sul o trabalho do guasqueiro. São artistas que utilizam couro cru para produzir peças de encilhas, bainhas para facas, chaveiros e outros artigos gauchescos.
De acordo com o texto proposto pelo deputado Gaúcho da Geral (PSD), a origem dessa tradição vem do período de colonização espanhola e portuguesa na América do Sul, quando o "gaúcho histórico" começava a desempenhas as lidas campeiras, como a caça do gado selvagem abandonado pelos jesuítas espanhóis. Daí, a necessidade de fabricar artigos de couro para montaria.
"Fico muito feliz e orgulhoso por este projeto de lei ter sido aprovado. É um justo reconhecimento a um dos ofícios mais tradicionais do nosso estado e da nossa cultura. Parabenizo a todos os guasqueiros que até hoje seguem exercendo esta nobre arte, que é fundamental para a cultura gaúcha e para a lida de campo", comemora o deputado.
Nesta quarta-feira, a partir das 18h, essa arte será tema de uma exposição no foyer do Multipalco do Theatro São Pedro, em Porto Alegre, com o lançamento do livro "Guasqueiro", de Rodrigo Lobato Schlee e Fernanda Valente de Souza.
A mostra, que vai até o dia 27 de maio, contará com peças que remontam a formação do gaúcho, como uma “pelota” (primitiva embarcação de couro), artigos de montaria como estribos e esporas feitos de couro, um inusitado canhão missioneiro, feito de "taquaruçu" (taquara grossa) e couro e um conjunto composto por diversos modelos de boleadeiras, a principal arma de caça e guerra utilizada pelos gaúchos no passado.
Fonte: G1/RS
Foto: Divulgação
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