Com inclusão do basalto da Serra Gaúcha, Estado chega a 15 Arranjos Produtivos Locais reconhecidos
Material produzido exclusivamente no RS tem potencial de crescimento no uso e na exportação
O Rio Grande do Sul ganhou mais um Arranjo Produtivo Local (APL), política pública de Estado para estimular e apoiar a auto-organização de aglomerações setoriais e promover o desenvolvimento dos territórios. O APL Basalto da Serra Gaúcha, que reúne municípios produtores da pedra utilizada para construção civil, agora faz parte dos 15 arranjos já reconhecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
O APL Basalto Serra Gaúcha foi reconhecido institucionalmente por meio da resolução nº 01/2023, do Núcleo Estadual de Ações Transversais (Neat), em ato publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) em outubro.
Uma comitiva esteve na Sedec, na última segunda-feira (6/11), a fim de apresentar as potencialidades da região que compreende o APL Basalto para o titular da pasta, Ernani Polo. O grupo era formado pelos prefeitos de Nova Prata, Alcione Grazziotin, e de Paraí, Oscar Dall Agnol, e também por empresários e representantes do Sindicato da Indústria da Extração de Pedreiras.
O RS possui cerca de 200 pedreiras de basalto, a maioria de escala familiar, com destaque de produção nos distritos mineiros dos municípios de Nova Prata e Paraí. São aproximadamente 150 empresas que beneficiam o material. Dessas, 131 integram o APL Basalto da Serra Gaúcha.
Estima-se que, na extração e no beneficiamento do basalto, estejam envolvidos 5 mil empregos diretos. O APL Basalto da Serra Gaúcha é composto por 12 municípios: Antônio Prado; Casca; Fagundes Varela; Guabijú; Ipê; Nova Bassano; Nova Prata (município polo do APL); Paraí; Santo Antônio do Palma; São Domingos do Sul; Veranópolis e Vila Flores.
“É a concretização de uma luta antiga do setor, que gera desenvolvimento e empregos. Somos a única região do mundo que produz o basalto, e há um grande potencial de ampliar a produção a partir do APL. A iniciativa favorecerá também a exportação do produto”, ressalta Polo.
“A ideia de constituir um Arranjo Produtivo Local surgiu desde a fundação da Associação dos Extratores de Basalto, na década de 1980. O APL do basalto nos proporciona uma oportunidade econômica e de desenvolvimento, estimulando novas tecnologias, visando também à exportação”, explica a bióloga e responsável técnica do Sindicato da Indústria de Extração de Pedreiras de Nova Prata e região (SIEPNP), Camila Turmina. “O APL vai incentivar micro e pequenas empresas a desenvolver seu mercado, permitindo também que jovens permaneçam na zona rural em torno dessa produção.”
“Nova Prata é considerada a capital nacional do basalto, e todos sabemos que a produção da pedra é uma das principais sustentações de nossa cidade. Estamos muito felizes em conseguir esse novo status para a cidade e para a região, porque estamos dando uma nova visão aos empreendedores que querem produzir basalto”, afirma o prefeito Alcione Grazziotin.
Sobre o basalto
O basalto é uma rocha vulcânica e, devido à formação, permite a extração manual de suas camadas. Muito utilizada na construção civil, em itens como passeio público, pode ser usada também como artigo de beleza natural para ambientes internos. Desde a extração até seu destino final o basalto movimenta uma grande cadeia produtiva.
Texto: Alexandre Farina/Ascom Sedec
Edição: Secom
Foto: Alexandre Farina/Ascom Sedec
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