Aneel mantém bandeira verde para dezembro e conta de luz não terá taxa adicional
Com o anúncio, Brasil completa 20 meses sem repasse de custos extras aos consumidores
Faltando menos de uma semana para o início do próximo mês, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que a bandeira tarifária em dezembro continuará sendo a verde. Com isso, as contas de luz em todo o Brasil não terão custos adicionais.
De acordo com a Aneel, a decisão se deve às condições favoráveis. Os grandes acumulados de chuva registrados recentemente e a quantidade de água existente nos reservatórios têm tornado mais barata a geração de energia.
A bandeira verde está em vigor desde abril de 2022, totalizando 20 meses sem cobrança adicional aos consumidores e confirmando a manutenção da bandeira verde durante todo o ano de 2023.
Como funcionam bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar os custos envolvidos na geração de energia no país. No Brasil, existem várias maneiras de produção. A mais barata é proveniente das usinas hidrelétricas. Também existem outras alternativas, como as eólicas, solares e nucleares.
Já as usinas termelétricas geram energia a partir de combustíveis fósseis, como o diesel e o gás, considerados menos eficientes e mais poluentes. Elas são acionadas principalmente em períodos de seca e calor, quando as outras fontes não conseguem atender ao consumo de energia elétrica no país.
- Bandeira verde: beneficiados pelas chuvas, os reservatórios das hidrelétricas se encontram em condições favoráveis para produção de energia em grande quantidade; não há custos adicionais para os consumidores.
- Bandeira amarela: sinal de alerta, condições de geração menos favoráveis; as contas de luz sofrem acréscimo de R$ 1,874 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
- Bandeira vermelha - patamar 1: condições mais custosas de geração; a tarifa sofre acréscimo de R$ 3,971 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
- Bandeira vermelha - patamar 2: condições ainda mais custosas de geração; para cada 100 quilowatt-hora (kWh) da conta de luz, há um acréscimo de R$ 9,492.
No entendimento da Aneel, com as bandeiras tarifárias, o consumidor ganha um "papel mais ativo" na definição de sua conta de energia. Ao tomar conhecimento, por exemplo, de que a bandeira estará vermelha em um determinado mês, haveria a possibilidade de cortar gastos para reduzir um impacto maior na conta de luz.
Até 2015, o repasse acontecia somente nos reajustes tarifários anuais. Na época, as pessoas não eram informadas de que a energia estaria mais cara em um determinado mês para, então, poder ajustar seu consumo àquela realidade.
Fonte e foto: GZH / Reprodução
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