No "dia seguinte" ao Natal, agenda importante em Brasília
Comitiva da Serra composta por 19 integrantes vai ao MEC pela universidade federal
Na teoria, a semana entre o Natal e o Ano-Novo é quase uma “semana que não existe”. Caxias do Sul, por exemplo, esvazia-se pela metade, é época de férias coletivas e estabelecimentos prestadores de serviço fechados, deixando, em muitos casos, a população na mão. Você precisa dos serviços de um restaurante, e o restaurante está fechado. É uma semana aparentemente irrelevante do ponto de vista de sua utilidade e importância para o encaminhamento de demandas de uma população, município ou região. Brasília está esvaziada pelo recesso do Congresso e do Judiciário. Até se imagina que nada se consiga nesse período, no que depender de governos e do poder público, mas há ministros por lá, despachando e recebendo representantes da população em seu local de trabalho.
Esta terça-feira, por exemplo, dia seguinte ao Natal, comprova que agendas importantes podem ser realizadas entre o Natal e o Ano-Novo. Estava marcada para às 14h30min, no Ministério da Educação (MEC), em Brasília, audiência de uma comitiva regional da Serra Gaúcha com o ministro Camilo Santana para tratar da implantação da Universidade Federal do Nordeste Gaúcho. É encontro para encaminhar o pleito regional e, por consequência a mobilização regional é essencial. A comitiva regional, até segunda à noite, estava composta por 19 pessoas, e o aspecto da representatividade, capaz de expressar a mobilização regional, estava atendido.
O grupo é integrado por dois deputados federais; três deputados estaduais; três presidentes de Câmaras de Vereadores, um deles presidente do Parlamento Regional, que é o fórum dos presidentes de Legislativos; cinco vereadores de Caxias do Sul; um vereador de Farroupilha; o prefeito de Farroupilha; o secretário de Educação, representando o município de Caxias do Sul; representante da CUT e presidente do Sindiserv.
No material de divulgação do PPA Participativo, que recebeu emendas e propostas da população ao Plano Plurianual, documento que reúne diretrizes orçamentárias para o período 2024-2027, o governo federal deixou claro que trabalha com a diretriz de ampliação da rede de universidades federais e institutos federais pelo país. O pleito da Serra, portanto, “conversa” com essa orientação da governo. Nesta terça, no improvável “dia seguinte” ao Natal, a região tem a oportunidade de dizer ao ministro da Educação que quer uma universidade federal. Tem de sair do MEC com o sinal verde do governo federal a essa reivindicação histórica.
É incompreensível
Não é possível desperdiçar essa oportunidade de abrir caminho para uma universidade federal na região, depois de a Serra Gaúcha ter ficado décadas sem uma instituição pública, deixando de oferecer cursos gratuitos no ensino superior a filhos e filhas de trabalhadores e trabalhadoras. Universidade federal também catapulta o desenvolvimento regional, com oferta de ensino, formação superior, extensão, ciência e pesquisa. Como Caxias do Sul e região conseguiram ficar tanto tempo sem correr atrás de uma universidade federal é algo incompreensível.
Realmente, um mistério.
Fonte: Pioneiro
Foto: Vânia Lain / Divulgação
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