Ao menos um quarto dos casos de câncer poderia ser evitado com hábitos saudáveis, indica estudo
Pesquisa desenvolvida na Suíça mostrou que os números variaram entre homens (28,4%) e mulheres (21,9%)
O câncer pode se desenvolver por fatores que não podem ser modificados, como herança genética, ou por questões do ambiente ou de comportamento, como alimentação. Normalmente, costuma ser uma mistura dos dois.
Um estudo publicado no International Journal of Cancer, em dezembro do ano passado, revela que, em média, 25,2% dos casos de câncer potencialmente evitáveis estão associados a hábitos não saudáveis. Os números variaram entre homens (28,4%) e mulheres (21,9%).
A pesquisa foi construída a partir de um levantamento de dados epidemiológicos de 2015 e 2019, na Suíça. A equipe também usou revisões de trabalhos científicos e do National Institute for Cancer Epidemiology and Registration, órgão do país. Na Suíça, a doença é a segunda maior causa de mortalidade. Foram mais de 17 mil óbitos e 46 mil casos registrados só em 2019.
Fatores de risco como consumo de álcool, tabagismo, gordura corporal em excesso, alimentação inadequada e sedentarismo estão entre os investigados. Isso significa que pelo menos um quarto dos diagnósticos relacionados aos fatores modificáveis poderia ser evitado com comportamentos saudáveis.
Segundo o estudo, o tabagismo foi o mais associado ao desenvolvimento da doença. A prática não aumenta apenas o risco de câncer de pulmão, mas também de laringe, esôfago, orofaringe, pâncreas, reto, bexiga e outros.
Como a pesquisa usou somente dados do país europeu, é preciso cautela para aplicar os números na realidade brasileira. O Brasil, por exemplo, está numa região de maior incidência solar do que a Suíça, e o excesso de exposição ao Sol já foi confirmado como fator de risco para alguns tipos de câncer, especialmente o melanoma (câncer de pele).
Em entrevista à revista Veja Saúde, a presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc), Anelisa Coutinho, afirmou que, no geral, os dados do estudo servem para analisar a população brasileira também, apesar das ressalvas.
— Sem dúvida, esses também são os principais fatores de risco modificáveis no Brasil e em diversos países — disse.
Fonte: GZH
Foto: denisk999 / stock.adobe.com
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