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Gaúcho gastará R$ 683 a mais por ano com comida após corte de incentivo fiscal, diz Farsul

  • Data: 27/Fev/2024

Setor de alimentos tem pedido que governo gaúcho adie a entrada em vigor dos decretos

 

Os gaúchos gastarão, em média, R$ 683 a mais com alimentação por ano com os decretos que cortam os incentivos fiscais a partir de abril. O cálculo é do economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, apresentado em reunião recente ao governador Eduardo Leite, que optou por cortar os benefícios após não ter avançado na Assembleia a proposta para elevar a alíquota geral de ICMS. O setor de alimentos será o mais impactado, exatamente porque concentra mais incentivos. Tanto que o aumento da cesta básica tem sido a bandeira das entidades empresariais no discurso contra os cortes. 

Para o estudo (confira dados detalhados nas imagens abaixo), a Farsul usou como parâmetro a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), do IBGE. O menor gasto a mais, R$ 346, seria entre famílias com renda mensal até R$ 2.858. Já a maior elevação, de R$ 1.466, ficaria para quem tem renda familiar superior a R$ 35.719, porque, obviamente, gasta mais com alimentos. 

O economista salienta o impacto para a classe média, que concentra mais da metade das famílias gaúchas. Neste segmento, o gasto a mais com comida por ano ficaria entre R$ 628 e R$ 752. 

Na entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha o representante da Farsul mostrou compreensão com a necessidade do Estado de cobrir as despesas públicas, mas disse que o setor empresarial precisa de mais tempo para discutir a busca por alternativas e a revisão de incentivos fiscais, que considera tão necessária como cortar a unha: "Precisa ser feita sempre". Neste sentindo, defende que seja adiada a entrada em vigor dos decretos.

O programa tem solicitado entrevista com técnicos da Secretarial Estadual da Fazenda para falar sobre os números que economistas das entidades empresariais têm apresentado nas últimas semanas. Por enquanto, o posicionamento é de que os estudos ainda estão sendo analisados. 

 

Fonte e foto: GZH / Reprodução

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