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Dengue: RS registra 97 mortes pela doença no ano

  • Data: 24/Abr/2024

Estado registra mais de 79,7 mil casos da doença em 2024.

 

Seis mortes causadas pela dengue foram registradas no Rio Grande do Sul, nesta terça-feira (23), pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Apenas em 2024, são 97 vítimas da doença.

1. Mortes mais recentes

As vítimas mais recentes da dengue são:

  • HOMEM: 73 anos, morador de Cachoeirinha, com doenças pré-existentes, em 01/04/2024
  • MULHER: 31 anos, moradora de Frederico Westphalen, sem doenças pré-existentes declaradas, em 05/04/2024
  • MULHER: 68 anos, moradora de Ivoti, com doenças pré-existentes, em 08/04/2024
  • MULHER: 67 anos, moradora de Canoas, com doenças pré-existentes, em 12/04/2024
  • HOMEM: 64 anos, morador de Ijuí, com doenças pré-existentes, em 16/04/2024
  • MULHER: 72 anos, moradora de Três de Maio, com doenças pré-existentes, em 17/04/2024

 

Em menos de quatro meses, a marca já é a maior registrada em um ano ao longo da última década, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES).

2. Perfil das vítimas

Ao todo, o RS soma 54 homens e 43 mulheres entre as vítimas.

A maior parte dos óbitos é entre pacientes com mais de 60 anos.

A maior parte das vítimas tinha alguma doença pré-existente. A comorbidade mais frequente é hipertensão.

São Leopoldo, na Região Metropolitana, é a cidade com o maior número de mortes.

3. Panorama de casos

O estado também confirma 79.748 casos da doença. O índice, em menos de quatro meses, também é o maior da década.

Santa Rosa, município de 77 mil habitantes na Região Noroeste, tem o maior número de casos de dengue no RS. São 9,8 mil infecções notificadas, conforme a atualização mais recente.

Dos 497 municípios do RS, apenas 31 não estão infestados pelo mosquito que transmite a dengue, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde. Distribuídas entre a faixa Leste e o Sul do estado, as cidades representam 6,2% da totalidade dos municípios.

 

4. O que explica essa situação

Esse cenário, de acordo com o virologista Fernando Spilki, está relacionado ao acúmulo de alguns eventos climáticos e sanitários que, ao longo dos últimos dois anos, favoreceram a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Entre os fatores que propiciaram o contexto destaca-se a elevação das temperaturas e as chuvas no Rio Grande do Sul.

"O número de dias que a gente tem acumulado, por exemplo, com temperatura acima dos 29ºC, é um determinante sempre importante dos surtos de dengue, que neste ano está instalado na região Sul e Sudeste", explica Spilk.

O governo do RS decretou situação de emergência no dia 12 de março em razão do elevado número de casos no estado.

5. Prevenção e sintomas

Medidas de prevenção à proliferação e circulação do inseto, com a limpeza e revisão das áreas interna e externa das residências ou apartamentos, impedem o mosquito de nascer, cortando o ciclo de vida na fase aquática.

A Secretaria da Saúde reforça a importância de que a população procure atendimento médico nos serviços de saúde logo nos primeiros sintomas, que são:

  • febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias, dor retro-orbital (atrás dos olhos)
  • dor de cabeça
  • dor no corpo
  • dor nas articulações
  • mal-estar geral
  • náusea
  • vômito
  • diarreia
  • manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira

 

A busca por atendimento no começo da manifestação das sensações de desconforto físico é uma maneira de evitar o agravamento da doença e a possível evolução para óbito. A SES indica o uso de repelente para proteção individual contra o Aedes aegypti.

 

Fonte: G1/RS

Foto: Cristine Rochol/PMPA

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