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Prefeito de Bento Gonçalves afirma que BR-470 deve ser liberada para veículos leves em 15 dias

  • Data: 07/Jun/2024

Diogo Siqueira confirma que ações estão avançadas para o retorno do tráfego. Entretanto, há restrição de quantidade e limitação de horários

 

Uma das mais importantes rodovias de ligação entre as regiões da Serra com o Norte do estado do Rio Grande do Sul, a BR-470, deverá ser liberada para o tráfego de veículos leves em até duas semanas. A previsão é do prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Siqueira, confirmada em entrevista à Rádio Bento, emissora do Grupo RSCOM, nesta quinta (6).

A recuperação da rodovia, entre Bento e Veranópolis, bloqueada desde 2 de maio, será um desafio. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) estima um custo superior a R$ 500 milhões para reconstruir os 24 quilômetros severamente danificados pelos desmoronamentos de terra causados pelas chuvas de maio.

Atualmente, são cinco pontos de bloqueio no trecho, dos quais pelo menos dois apresentam complexidade devido ao acúmulo de terra e pedras na via, além dos danos significativos causados à pista. Entretanto, outros três pontos estão em condições mais favoráveis para a liberação iminente.

Em uma coletiva de imprensa, na última terça-feira (4), o ministro dos transportes, Renan Filho, antecipou que trechos bloqueados da rodovia poderiam ser liberados, ainda, este mês. O pronunciamento foi realizado após a assinatura da ordem de início das obras para a construção da nova ponte na BR-116, que liga Caxias do Sul a Nova Petrópolis.

Ligação com o Norte do Estado

De acordo com o prefeito Diogo, a liberação da BR-470 é de extrema urgência para que municípios vizinhos voltem a ter uma via de ligação com Bento.

“Uma das grandes prioridades que a gente tem é conseguir reestabelecer a logística com a região Norte do Estado, com municípios como Veranópolis, Nova Prata, Cotiporã, e também Muçum, São Valentim do Sul”, aponta.

Ainda de acordo com Siqueira, o trecho deve ser reestabelecido para veículos leves, com passagem controlada em horários determinados.

“Tenho certeza que, em menos de 15 dias, a gente já vai ter esse acesso para veículos leves, em alguns horários, o que vai facilitar muito para nossa população, para veículos de saúde”, garante.

No entanto, antes da liberação, equipes do DNIT precisam realizar uma avaliação técnica na ponte Ernesto Dornelles. O prefeito também defendeu uma união, sem precedentes, para reconstrução dos estragos provados pelo desastre climático.

“Sem ideologia política, o pensamento agora é trabalhar por Bento Gonçalves e toda a região. Estamos numa força-tarefa muito grande para restabelecer esse caminho. Estamos numa conversa, muito próxima com o ministro Renan Filho, com o próprio ministro Paulo Pimenta, incluindo o pessoal do DNIT, estadual e regional”, frisa.

Siqueira informou ainda que os acessos à rodovia já estão funcionando, faltando apenas organizar para que um fluxo diminuto possa utilizar o trecho.

Ponte de Cotiporã

A histórica ponte que liga Bento Gonçalves à Cotiporã, era vista como uma salvação para o trânsito da região após o bloqueio da BR-470, porém ela também não resistiu à correnteza do Rio das Antas. Do lado de Cotiporã, no dia 15 de maio, a cabeceira da ponte foi levada pelas águas.

Em um primeiro momento, o prefeito de Bento havia anunciado a possibilidade de uma Parceria Público-Privada (PPP) para recuperar a estrutura. Mas, devido à condição de extrema necessidade de se obter um trajeto de livre circulação com os municípios daquela região, Siqueira informou que cadastrou a reforma da ponte com a expectativa de receber verbas federais para recuperação.

“Cadastramos no governo federal e na Defesa Civil. Tenho certeza que esse recurso vai entrar nos próximos dias, e vamos iniciar a reconstrução. É uma obra extremamente importante enquanto a BR-470 não estiver funcionando a pleno”, esclarece.

Busca incansável

Siqueira também fez questão de enfatizar que segue na busca de verbas e parcerias para a reconstrução rápida e segura do interior e das estradas afetadas.

“Minha briga é para que entrem, de fato, recursos direto nas prefeituras, que possuem muito mais agilidade em organizar essas obras, muito mais facilidade de buscar a parceria da iniciativa privada. Numa calamidade, tem que estar todo mundo junto. Não são apenas os governos, temos que buscar ajuda de todos”, finaliza.

 

Fonte: Leouve

Foto: Divulgação

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