Maguila concordou em doar cérebro para pesquisa há seis anos; entenda como funciona o processo
O ex-pugilista sofria de encefalopatia traumática crônica, uma doença degenerativa causada por impactos repetidos na cabeça
José Adilson Rodrigues dos Santos, o Maguila, morreu nesta quinta-feira (24), aos 66 anos, em São Paulo. Em 2018, o ex-pugilista, que sofria de encefalopatia traumática crônica (ETC), já havia decidido doar seu cérebro para estudos.
A doação foi destinada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), onde pesquisadores investigam os efeitos da doença degenerativa, causada por impactos repetidos na cabeça, em atletas de esportes de contato, como futebol, boxe e rúgbi.
Oficializada há seis anos
Segundo reportagem do g1, a doação de Maguila foi oficializada há seis anos, quando ele preencheu uma "declaração de vontade", documento que expressa o desejo de doar o cérebro após a morte. Esse é o primeiro passo do processo.
A declaração deve ser assinada, ter firma reconhecida em cartório e ser emitida em duas vias – uma destinada à instituição e outra à família do doador.
Com o falecimento do ex-atleta, os familiares precisam continuar o processo. O primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência comunicando a morte de Maguila. Em seguida, devem entrar em contato com o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) da capital paulista, que está localizado na própria faculdade.
Uma vez que o corpo é levado ao SVO e a declaração é apresentada, a equipe da disciplina de Topografia, que receberá o cérebro para estudos, é notificada.
Após essa etapa, o corpo passa por um preparo no próprio SVO antes de ser encaminhado para a preservação em câmaras frias de baixíssima temperatura, onde o cérebro ficará armazenado para futuras pesquisas. Ainda segundo o g1, a família de Maguila foi contatada para saber se seguiriam com o processo, mas não houve retorno.
Lenda do boxe brasileiro
Nascido em Aracaju, capital de Sergipe, foi uma das maiores lendas do boxe no Brasil. Ao longo de sua carreira como profissional, que durou de 1983 a 2000, ele conquistou 77 vitórias em 85 lutas, sendo 61 por nocaute. Entre seus títulos, estão o de campeão brasileiro, sul-americano, das Américas e, em 1995, o mundial pela Federação Mundial de Boxe (WBF).
Dentre suas lutas mais emblemáticas, estão os combates contra grandes nomes do boxe mundial, como George Foreman e Evander Holyfield. Apesar das derrotas, esses confrontos elevaram ainda mais o nome do brasileiro, que se consagrou pela garra e dedicação aos ringues.
Fonte: Gaúcha ZH
Foto: HÉLVIO ROMERO / ESTADÃO CONTEÚDO
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