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Cães conseguem sentir emoções dos tutores por meio da frequência cardíaca, aponta estudo

  • Data: 22/Nov/2024

Análise revela que conexão entre humanos e cachorros vai além do emocional

A sensação de estar em sintonia com o seu cão pode ser mais real do que parece. Um estudo da Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, publicado na revista Nature, revelou que os cachorros são capazes de "sentir" as emoções de seus tutores por meio da frequência cardíaca. 

Segundo o portal norte-americano AOL, a pesquisa analisou como as variações nos batimentos cardíacos humanos influenciam diretamente o estado fisiológico dos cães durante as interações entre ambos.  

A variação na frequência cardíaca — que representa as mudanças nos intervalos de tempo entre os batimentos — é um indicador do estado do sistema nervoso autônomo, responsável por funções inconscientes, como a respiração.

De acordo com os pesquisadores, as variações elevadas indicam relaxamento e rejuvenescimento, enquanto baixas variações estão associadas à tensão e estimulação. 

O surpreendente, conforme o estudo, é que os cães apresentam uma sincronização com seus tutores. Quando a variação no batimento cardíaco humano é alta, a do animal também é; quando é baixa, o cachorro tende a estar mais ativo.  

"Cãonexão"

Aija Koskela, pesquisadora de doutorado da equipe do Departamento de Psicologia e do Centro Jyväskylä de Pesquisa Interdisciplinar do Cérebro, explicou que essa conexão é evidenciada em momentos de repouso.  

Isso pode ser explicado, segundo a pesquisadora, pelo fato de que, nessas instâncias, não havia tarefas externas e as partes podiam reagir mais ao estado uma da outra de forma natural. 

O estudo sugere, portanto, que os cães são mais sensíveis às emoções humanas do que se acreditava, sendo capazes não apenas de captar, mas de influenciar os estados emocionais de seus tutores.

Outro ponto relevante da pesquisa é a relação entre a frequência cardíaca e as características emocionais dos donos. Indivíduos mais propensos a sentimentos de ansiedade, insegurança ou sensibilidade apresentam maiores variações na frequência cardíaca

Fonte: Gaúcha ZH

Foto: Petra Richli / stock.adobe.com

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