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No Novembro Roxo, Estado destaca ações para qualificar assistência a bebês prematuros e às famílias

  • Data: 27/Nov/2024

Em 2023, 13% dos partos no RS aconteceram com menos de 37 semanas de gestação

De 120.764 crianças nascidas no Rio Grande do Sul no ano passado, 12,7% tinham menos de 37 semanas de gestação, sendo consideradas prematuras. Foram 15.322 nascidos pré-termo e que necessitaram de cuidados especiais, muitas vezes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Para sensibilizar a população sobre o assunto, neste mês a prematuridade é lembrada com o Novembro Roxo. A Secretaria da Saúde (SES), tem atuado por meio de políticas públicas com ações preventivas que visam diminuir a ocorrência desses casos. 

Os números registrados no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) apontam para uma alta no nascimento de prematuros no Estado. Entre 2019 e 2023, o percentual de crianças nascidas antes das 37 semanas de gestação aumentou de 12,21% para 12,7%. Em 2022, chegou a atingir 12,86%. 

“A partir da série histórica dos últimos cinco anos, pode-se observar tendência de aumento na proporção de prematuridade”, explica a responsável pelo Método Canguru (modelo de assistência que coloca o bebê em contato com o corpo dos pais, em posição semelhante à do canguru carregando os filhotes) da Política de Saúde da Criança da SES, Marília Ache Carlotto.  

“O Novembro Roxo visa conscientizar profissionais, gestores e a sociedade como um todo para garantir aos bebês prematuros o cuidado e a atenção que necessitam para ter um crescimento e desenvolvimento saudáveis”, ressalta Marília. “Além disso, também tem como propósito reforçar a importância da prevenção, com um pré-natal de qualidade.”  

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), fatores como poluição do ar, mudanças no clima, impactos de conflitos armados, aumento da pobreza e doenças como a covid-19 contribuem para a ocorrência de 13,4 milhões de partos precoces todo ano no planeta. O Brasil é um dos dez países com maior número de partos prematuros, equivalentes a 10,6% dos partos totais – a taxa, no entanto, caiu em relação aos 12,5% de 2015. 

Também para marcar o mês, será realizada na quarta-feira (27/11) a live “Novembro Roxo: mês alusivo à prematuridade”, com a participação da pediatra da Política de Saúde da Criança da SES, Andrea de Carvalho; de Denise Schuck e Simone Machado, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre; e de Denise Suguitani, diretora executiva da ONG Prematuridade.  

Prevenção e cuidado 

A SES atua por meio de políticas públicas com ações preventivas para detectar a existência de fator de risco ou doença que necessitem de tratamento antes da gestação e do início do pré-natal, na Atenção Primária à Saúde (APS), com o posterior acompanhamento das mães e da gestação. Também é realizado pré-natal entre os parceiros para investigar e tratar infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) que possam desencadear o parto prematuro.

O cuidado com o recém-nascido prematuro ainda possui estratégias especiais, com equipe multidisciplinar e protocolo diferenciado, para os bebês prematuros nos ambulatórios de segmento de egressos, após a alta da UTI Neonatal.

O Estado também dispõe de serviços habilitados para o Método Canguru, com atenção qualificada e humanizada tanto ao recém-nascido prematuro ou de baixo peso que necessite de internação em unidade neonatal quanto à sua família.

Com relação ao aleitamento materno, a implantação de bancos de leite humano (BLH) nas maternidades busca dar suporte às mães de bebês prematuros internados para que estes recebam e se beneficiem do leite humano, conforme prescrição. Após a alta hospitalar, o recém-nascido é acompanhado pela APS e, em caso de necessidade, também pelo ambulatório de seguimento de egressos da UTI neonatal.  

Guia do pré-natal  

Para contribuir com a tomada de decisão das equipes da Atenção Primária e subsidiar as práticas do cotidiano, também vem sendo divulgado o Guia do Pré-natal e Puerpério 2024, com orientações para a assistência clínica. São apresentados critérios para estratificação de risco e suporte para a atuação em gestações de risco habitual.

A Rede Bem Cuidar RS, por sua vez, busca qualificar e fortalecer os serviços oferecidos à população, beneficiando as famílias e os recém-nascidos. O atual ciclo, que vai deste ano até 2027, visa ao cuidado materno-paterno-infantil. Em 2024, o foco é o pré-natal; em 2025, será o cuidado da saúde da mulher (puerpério) e da criança (puericultura) na APS.

Fonte e foto: Governo do RS

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