Negligência e descuido são os principais motivos para afogamentos; saiba como evitar
Em 2024, Passo Fundo teve 25 registros de afogamentos, enquanto em 2023 foram 37. Conforme comandante do Corpo de Bombeiros, tendência é que número seja maior por causa da subnotificação
Com a chegada do verão, milhares de pessoas aproveitam para fazer atividades ao ar livre. Locais para banho como piscinas, rios e lagos são as grandes atrações da estação. Porém, junto com o lazer também surge um perigo silencioso: o risco de afogamento.
Em Passo Fundo, foram registradas 25 ocorrências de afogamento durante 2024, o que representa uma redução quando comparado a 2023, que terminou com 37 casos.
O número do ano passado tem influência das enchentes dos meses de setembro e novembro, como afirma o capitão João Ferrucio Vanzo Fornasier, comandante da 1ª Companhia do Corpo de Bombeiros de Passo Fundo.
— Não há como precisar o número exato de afogamentos domésticos, já que muitos não chegam a ser noticiados ou atendidos pelas guarnições do Corpo de Bombeiros. A maioria dos casos de afogamento acontece com adultos, mas crianças também representam uma parcela significativa — afirma.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), negligência ou descuido são os fatores predominantes, seja pela falta de supervisão de crianças em áreas aquáticas ou por pessoas que subestimam os riscos em rios, lagos e piscinas.
Crianças devem estar sempre sob a supervisão de um adulto responsável, ao alcance de um braço, como afirma o comandante. Além disso, é importante utilizar coletes salva-vidas certificados e evitar o uso exclusivo de boias infláveis, pois não oferecem a mesma segurança, e certificar-se de que piscinas tenham cercas de proteção, portões e tampas de ralos seguras.
Em 15 de dezembro, um homem morreu afogado na região da Pedreira da São José, em Passo Fundo. Conforme o Corpo de Bombeiros, o homem de 34 anos subiu a barreira de pedras a cerca de 20 metros de altura e pulou na água.
A suspeita é de que ele tenha se lesionado por conta da altura do pulo e não conseguiu sair da água. O local pertence a área privada e tem acesso proibido.
Área da Pedreira São José, em Passo Fundo, tem entrada proibida.Maicon Parizotto / Agencia RBS
Como prevenir afogamentos
Para curtir os momentos de lazer com segurança e responsabilidade, é preciso estar atento a alguns fatores importantes na hora de utilizar os locais próprios para banho. Confira abaixo:
- Utilizar coletes salva-vidas em todas as atividades aquáticas, especialmente em rios e lagos
- Evitar nadar sob influência de álcool ou entorpecentes, pois essas substâncias reduzem os reflexos, potencializando os riscos
- Não nadar em locais desconhecidos
- Procurar informações sobre profundidade, correnteza e possíveis obstáculos submersos
- Em locais públicos, preferir áreas de banho com guarda-vidas e seguir as orientações, respeitando as sinalizações de orientação e perigo
- Nunca ultrapassar a altura da água na cintura em locais com profundidade desconhecida
- Em embarcações, sempre usar coletes salva-vidas e evitar brincadeiras de risco durante o passeio.
Fonte: Gaúcha ZH
Foto: Alvarélio Kurossu / Agencia RBS
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