Calor e falta de higienização: os fatores que contribuem para os casos de gastroenterite
Maioria das emergências de Porto Alegre não registra aumento expressivo em relação ao ano passado. Hospital Divina Providência foi o único que registrou elevação em relação ao ano passado, com quase o dobro de ocorrências
Com as temperaturas mais altas no verão e maior circulação de pessoas nas praias, emergências e atendimentos em saúde registram procura de pacientes com sintomas de gastroenterite, como diarreia, vômitos e febre.
Em Porto Alegre, a Secretaria Municipal de Saúde contabilizou uma média de 21 pessoas internadas nos hospitais do SUS por problemas gastrointestinais na última semana. A pasta salienta que, nas unidades de saúde, a demanda é padrão para o período do ano.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, não há elementos que configurem surto da doença, mas há casos nos últimos meses que chamaram atenção envolvendo alimentos e água.
Em Pelotas, por exemplo, o Ministério Público investiga surto de intoxicação alimentar após o consumo de torta fria de frango, no fim do ano passado. Ao menos 97 pessoas foram diagnosticadas com problemas estomacais.
Em Porto Alegre, o Hospital Divina Providência, no bairro Glória, foi o único que registrou aumento expressivo em relação ao mesmo período do ano passado, com quase o dobro das ocorrências.
Para o coordenador da emergência do Hospital Divina Providência, João Lucas Variani, o crescimento tem relação com a época do ano em razão do calor, falta de higienização das mãos e da comida, e má conservação de alimentos. Contato com a água em regiões com problemas de saneamento básico, como em algumas praias, também podem ser associadas.
— Tem muitos pacientes da nossa instituição que viajam para o Litoral. A gente vê que tem a maior incidência no Litoral de vírus de gastroenterite. As bactérias no mar, na areia. No mar, a gente acaba tomando algum golinho de água e pode acontecer de infectar — explica o médico.
O especialista aponta que ainda não se sabe se os casos são provocados por vírus ou bactéria, já que os sintomas são parecidos e podem acontecer nas duas situações.
— Na maioria das vezes, é por ingestão de algum alimento que não estava muito bem armazenado, fora da geladeira. Isso mais na questão de uma gastroenterite de causa bacteriana. E alguma alteração mais viral que a gente pensaria, seria pelo contato com algumas outras pessoas que tivessem um quadro de gastroenterite viral mesmo — esclarece.
Cuidados
Para evitar a doença, a orientação dos médicos é lavar bem as mãos, tomar água potável e evitar beber da torneira em locais sem saneamento, além de limpar os alimentos e conservar na temperatura adequada.
As pessoas devem procurar a emergência em casos de mal-estar, falta de apetite, fezes com sangue e muco, além de febre.
Fonte: Gaúcha ZH
Foto: Ronald Mendes / Agencia RBS
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