Doação de medula óssea: entenda como o ato pode salvar a vida de pacientes com leucemia
Hemocentro Regional de Passo Fundo tem 38 mil doadores cadastrados. Idade permitida é para pessoas de 18 a 35 anos
Fevereiro é o mês dedicado à conscientização sobre a prevenção, diagnóstico e combate à leucemia, tipo de câncer que afeta a medula óssea, conhecida como a "fábrica do sangue". Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 11 mil casos da doença devem ser diagnosticados entre 2023 e 2025 no Brasil.
Quando a quimioterapia não tem a resposta desejada, uma opção de tratamento é o transplante de medula óssea. O procedimento é possível com ajuda de um doador compatível com o paciente, como explica a médica hematologista Daiane Weber.
— Se dentro da família a gente encontrar um doador compatível, que tenha a mesma carga genética do paciente, aí podemos dar início ao processo do transplante. Quando isso não acontece, o paciente é cadastrado num banco de dados. É aqui que entra a importância da doação de medula óssea — disse.
Atualmente o Hemocentro Regional de Passo Fundo possui 38 mil doadores cadastrados. Conforme a coordenadora de captação, Alexandra Mazzoca, o número de doadores tem diminuído nos últimos por causa da redução da idade de cadastramento e das cotas de produção dos hemocentros.
Hoje a idade permitida para cadastrar a vontade de doar medula óssea é entre 18 e 35 anos, menos que o permitido anteriormente, de até 54 anos.
— Na época foram levantadas algumas questões pelo Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), como o fato de que a pessoa mais jovem permanece mais tempo no banco com maior probabilidade de efetivar a doação — explica Alexandra.
Segundo a médica, a chance de existir um doador na família é maior entre irmãos de mesmo pai e mesma mãe, com um uma chance de 25% para cada irmão.
Fora da família, a chance é de um em cada 100 mil, o que reforça a importância da doação: quanto mais doadores estiverem disponíveis, maior a chance de encontrar o compatível.
Como se tornar um doador

Doação de medula óssea depende do cadastramento do doador no Hemocentro.Porthus Junior / Agencia RBS
Para se tornar um doador, é necessário realizar o cadastramento com os dados pessoais no Hemocentro (veja as informações sobre Passo Fundo abaixo) e coletar uma amostra de sangue para exame de tipagem sanguínea.
Este procedimento pode ser realizado de segunda à sexta-feira das 8h às 15h, sob agendamento prévio. Quando o doador é chamado para a doação, ele pode passar por duas técnicas para o transplante:
- aférese: o doador faz uso de uma medicação por cinco dias com o objetivo de aumentar a produção de células-tronco no sangue. Após o procedimento, é realizado por uma máquina de aférese, que extrai o sangue da veia do doador e faz a separação das células necessárias para o transplante.
- punção: procedimento sob anestesia geral em que é retirado do interior dos ossos da bacia, por meio de punções. Esta segunda forma de transplante requer internação de 24h.
Hemocentro de Passo Fundo
- Endereço: Avenida Sete de Setembro, nº 1055 — Centro
- Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h
- Agendamentos: pelos telefones (54) 3311-5555, (54) 9 8434-7353 ou através deste link.
Fonte: Gaúcha ZH
Foto: Porthus Junior / Agencia RBS
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