Organização financeira pessoal: como planejar seu orçamento sem estresse
Descubra estratégias para pagar dívidas, controlar gastos e manter a organização financeira
Estudos indicam que a saúde financeira da população brasileira melhorou em 2024. Isso é o que demonstra o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB) elaborado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em parceria com o Banco Central (BC), e que revela um aumento da média geral para 56,7. Mesmo com essa melhora, é bastante comum perceber que muitas pessoas ainda enfrentam dificuldades pagar as contas.
Dentre as principais preocupações listadas pelos brasileiros, apenas 34,5% dos entrevistados relatam que a maneira como cuidam do dinheiro lhes permite aproveitar melhor a vida, enquanto 67,2% não têm segurança sobre o seu futuro financeiro. Para conscientizar a população a respeito do assunto, o CEO da Quita Boletos, Augusto da Maia Pedó oferece algumas dicas para facilitar a organização financeira pessoal.
Qual o primeiro passo para quem quer começar a organizar as finanças pessoais, mas sente que está perdido?
Augusto da Maia Pedó: O primeiro passo é ter clareza sobre a situação financeira atual. Isso significa listar todas as despesas, receitas e dívidas, entendendo exatamente para onde o dinheiro está indo. Muitas vezes, a sensação de estar perdido vem da falta de controle sobre os gastos. Organizar essas informações ajuda a tomar decisões mais conscientes e traçar um plano realista para equilibrar as contas.
Por que listar as contas facilita a organização financeira?
Augusto da Maia Pedó: Listar todas as dívidas e despesas permite uma visão clara do cenário financeiro, facilitando a identificação de onde é possível cortar gastos e quais dívidas precisam ser priorizadas. Sem essa etapa, há o risco de subestimar o tamanho do problema ou de tomar decisões sem considerar o impacto real no orçamento. Essa organização é essencial para criar um plano de ação eficaz e evitar novas dívidas no futuro.
Muitas pessoas têm dificuldades em montar um orçamento. Que dicas práticas você daria para criar um planejamento eficiente e realista?
Augusto da Maia Pedó: O primeiro passo é registrar todas as entradas e saídas de dinheiro, separando os gastos fixos (como aluguel, contas de consumo e alimentação) dos variáveis (lazer, compras eventuais). Também é essencial definir um limite para cada categoria de despesa e priorizar a criação de uma reserva financeira. Para manter o orçamento funcional, ele deve ser revisado regularmente e ajustado conforme necessário. Utilizar aplicativos ou planilhas pode facilitar o controle.
Quais estratégias você sugere para priorizar quais dívidas pagar primeiro?
Augusto da Maia Pedó: Uma boa estratégia é começar pelas dívidas com juros mais altos, como o cheque especial, pois elas crescem rapidamente e podem comprometer ainda mais o orçamento. Também é importante considerar aquelas que têm risco imediato, como contas básicas (água, luz, aluguel) para evitar cortes de serviço ou problemas mais graves. Outra abordagem é utilizar o método "bola de neve", quitando primeiro as menores para ganhar motivação e liberar recursos para as maiores.
Como as ferramentas de parcelamento de dívidas, como o Quita Boletos, podem ajudar a deixar as contas em dia?
Augusto da Maia Pedó: O Quita Boletos permite parcelar contas e boletos no cartão de crédito, tornando possível pagar dívidas sem comprometer todo o orçamento de uma vez. Isso ajuda a evitar atrasos, reduzir multas e juros acumulados e manter as contas organizadas. Além disso, ao distribuir o pagamento em parcelas que cabem no bolso, o consumidor consegue manter a disciplina financeira sem abrir mão de necessidades essenciais.
Para quem tem uma renda variável, qual a melhor maneira de planejar as finanças e evitar surpresas no fim do mês?
Augusto da Maia Pedó: O ideal é definir um valor base considerando a menor renda recebida nos últimos meses e organizar as despesas essenciais dentro desse limite. Sempre que houver um ganho extra, é recomendável destiná-lo para a reserva financeira ou antecipar pagamentos de dívidas. Além disso, evitar compromissos financeiros fixos muito altos ajuda a manter o equilíbrio mesmo em meses de faturamento menor.
Você acredita que a educação financeira deveria ser mais difundida? Como isso pode ajudar as pessoas a se organizarem melhor?
Augusto da Maia Pedó: Sim. A falta de educação financeira faz com que muitas pessoas tomem decisões prejudiciais sem perceber o impacto a longo prazo. Se esse conhecimento fosse mais acessível, mais pessoas entenderiam como planejar gastos, evitar dívidas desnecessárias e construir uma reserva financeira. Isso ajudaria a reduzir o endividamento e a melhorar a qualidade de vida da população.
Fonte: GZH
Foto: Efetividade
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