RS teve redução de matrículas na Educação Básica em um ano; veja números
Um dos municípios mais atingidos pela enchente, Muçum teve a maior perda proporcional de alunos de todo o Estado
O Rio Grande do Sul registrou redução de 44,3 mil alunos matriculados na Educação Básica em um ano, o que representa 2% a menos do que em 2023. Enquanto isso, os outros Estados da região Sul tiveram o segundo e o terceiro maiores aumentos de matrículas do Brasil, atrás apenas de Goiás. No período, Santa Catarina ganhou 42 mil estudantes, e o Paraná registrou um acréscimo de 35 mil.
Os dados de matriculados pertencem ao Censo Escolar 2024 e foram divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC). A informação era prometida pelo órgão desde fevereiro.
As maiores perdas nas instituições gaúchas foram na Educação de Jovens e Adultos (EJA), de 13,4%, e no Ensino Médio, de 5,2%. Quando são analisados os dados do país, entretanto, é possível identificar que a frequência na EJA também caiu, mas menos – 7,7% –, e a quantidade de matriculados no Ensino Médio teve até leve aumento, de 1,5%.
De seis modalidades e etapas de ensino verificadas, o Rio Grande do Sul só não teve diminuição nas matrículas de Educação Especial, que somaram 129 mil em 2024, um acréscimo de 10,3%. A Educação Profissional apresentou queda de 4% na quantidade de alunos, enquanto a Educação Infantil e o Ensino Fundamental apontaram para uma certa estabilidade, com 0,50% de estudantes a menos em cada etapa.
Em nível nacional, além da redução de 7,7% nos matriculados na EJA, caiu 0,40% o número de matrículas no Ensino Fundamental. Em paralelo, a Educação Especial ganhou 305 mil alunos (17,2%), a Educação Profissional ganhou 6,7%, o Ensino Médio 1,5% e a Educação Infantil 0,30%. Em relação ao total de matrículas no Brasil, a queda foi de 0,50%.
O município gaúcho que mais perdeu alunos, proporcionalmente, foi Muçum, no Vale do Taquari. A cidade foi um dos símbolos da enchente de maio de 2024. Das 844 matrículas registradas lá em 2023, restaram 653 em 2024, o que indica uma redução de 22,6% no total de estudantes.
Em números brutos, Porto Alegre teve a maior perda, de 15,1 mil matriculados (4,9%), seguida por Canoas, com 2,1 mil. Erechim teve o maior ganho, de 745 matrículas, seguida por Santa Rosa, com 395.
Fonte: GZH
Foto: André Ávila / Agencia RBS
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