Notícias

Fique por dentro das notícias da cidade e região.

Câncer de esôfago: causas, sintomas e tratamento

  • Data: 14/Mai/2025

Tumor é um dos mais comuns entre a população brasileira 

Um dos tipos mais frequentes no Brasil, o câncer de esôfago tem sintomas discretos e pode ser prevenido com hábitos saudáveis, como evitar fumo e bebida alcoólica, além de manter o peso em dia. 

A doença é traiçoeira e, muitas vezes, só é detectada em estados avançados, o que prejudica o tratamento e reduz as chances de cura.

Nesta semana, Lucía Topolanski, esposa do ex-presidente uruguaio José "Pepe" Mujica, afirmou que ele está na fase "terminal" de um câncer de esôfago e recebe cuidados paliativos para aliviar a dor. Mujica, de 89 anos, revelou que o câncer havia se espalhado por todo o seu corpo e que ele não faria mais tratamento.

Abaixo, veja mais detalhes sobre como detectar e tratar o câncer de esôfago

Sinais e sintomas do câncer de esôfago

Em sua fase inicial, o câncer de esôfago não apresenta sinais. Porém, com a progressão da doença, podem surgir sintomas como:

  • dificuldade ou dor ao engolir, dor retroesternal (atrás do osso do meio do peito)
  • dor torácica
  • sensação de obstrução à passagem do alimento
  • náuseas
  • vômitos e perda do apetite

Na maioria das vezes, a dificuldade de engolir (disfagia) já sinaliza doença em estado avançado. A disfagia progride de alimentos sólidos até pastosos e líquidos, e pode levar a importante perda de peso.

Diagnóstico e descoberta precoce 

  • Diagnóstico

O diagnóstico do câncer de esôfago é feito por meio da endoscopia digestiva, um exame que investiga o interior do tubo digestivo e que permite a realização de biópsias para confirmação do diagnóstico. Quando o tumor é detectado precocemente, as chances de cura aumentam muito.

  • Detecção precoce

A detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença, ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.

Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de esôfago traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado.

O que aumenta o risco?

O consumo frequente de bebidas muito quentes, em temperatura de 65ºC ou mais, pode levar ao câncer de esôfago. 

Chimarrão aumenta o risco câncer de esôfago?

Sim e não. Câncer não é coisa de única causa. Por isso, o chimarrão, quando associado ao vício em cigarro e álcool, torna-se um fator de risco para o câncer. Não é uma simples relação de causa e efeito.

Tratamento

De forma geral, o tratamento pode ser feito com cirurgia, radioterapia e quimioterapia, de forma isolada ou combinada, de acordo com o estágio da doença e das condições clínicas do paciente. 

  • Tumores iniciais podem ser tratados por ressecção local durante a endoscopia, sem a necessidade de procedimento cirúrgico formal.

Nos casos onde o objetivo é a cura, os pacientes são inicialmente submetidos a um tratamento combinado com quimioterapia e radioterapia, e posteriormente é feita a cirurgia

  • Tumores muito avançados ou no caso de pacientes muito debilitados, o tratamento tem caráter paliativo (sem finalidade curativa) e é feito por radioterapia combinada ou não à quimioterapia.

No leque de cuidados paliativos também encontram-se disponíveis as dilatações com endoscopia, colocação de próteses autoexpansivas (para impedir o estreitamento do esôfago) e braquiterapia (radioterapia com sementes radioativas

Como prevenir o câncer de esôfago

  • Não fumar e não se expor ao tabagismo passivo
  • Evitar o consumo de bebida alcoólica
  • Manter o peso corporal
  • Identificar e tratar a doença do refluxo gastroesofagiano (DRGE)
  • Evitar consumo de bebidas muito quentes, em temperaturas inferiores a 60ºC — como o chimarrão, por exemplo 
  • Usar camisinha durante a relação sexual
  • Utilizar equipamentos de proteção individual (EPI) adequados às ocupações que aumentam a exposição de trabalhadores a agentes cancerígenos pode diminuir o número de casos de câncer de esôfago relacionado ao trabalho

Fonte: Gaúcha ZH

Foto: Reprodução / oncoguia.org

Outras notícias