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O que comer e o que evitar para prevenir infecções virais comuns no inverno

  • Data: 27/Jun/2025

A imunidade é influenciada por uma série de fatores e grande parte deles está ligada à forma como você vive no dia a dia

Quem não escolheria passar longe das gripes e infecções típicas do inverno, se pudesse? Basta ser acometido por um desses quadros para a rotina virar de cabeça para baixo. Mesmo que durem apenas alguns dias, a sensação é de que o tempo se arrasta — afinal, estar doente traz aquele mal-estar geral, cansaço e a inevitável vontade de apenas descansar. É como se o corpo gritasse por uma pausa, e o ânimo simplesmente desaparecesse.

E se você realmente pudesse escolher — ou ao menos fazer a sua parte — para evitar infecções comuns no inverno, ou ao menos passar por elas de forma tão leve que mal fossem percebidas? Afinal, vírus e bactérias estão constantemente ao nosso redor, e nosso corpo trabalha o tempo todo para eliminá-los. 

Mas por que, ao entrar em contato com o mesmo vírus, algumas pessoas desenvolvem sintomas intensos, enquanto outras — até mesmo dentro da mesma casa — quase não sentem nada, ou nem percebem que foram infectadas? A resposta está no nosso sistema imunológico.

A importância da alimentação

A imunidade é influenciada por uma série de fatores — e grande parte deles está ligada à forma como você vive no dia a dia. O que você come, a qualidade do seu sono, a prática regular de exercícios, a saúde da sua flora intestinal e o nível de estresse que você enfrenta estão todos conectados e impactam diretamente o funcionamento do sistema imunológico.

Entre esses fatores, a alimentação desempenha um papel central, sendo essencial tanto para prevenir infecções virais quanto para fortalecer a imunidade — algo amplamente comprovado na literatura médica.

Manter uma boa saúde geral e uma nutrição adequada é fundamental para que o sistema imunológico funcione de forma eficiente, ajudando a reduzir tanto a chance de infecções virais quanto a gravidade dos sintomas — especialmente nas infecções respiratórias.

Diversas vitaminas são essenciais nesse processo, pois ativam e fortalecem as defesas do corpo sempre que ele entra em contato com um vírus, por exemplo. Vitaminas como A, C, D e E, além de minerais como zinco, selênio, ferro e cobre, participam diretamente de vários mecanismos imunológicos, contribuindo para a produção e eficácia dos linfócitos (as células de defesa) e dos anticorpos.

Resposta imunológica

Quando o organismo carece desses nutrientes-chave, o risco de infecções aumenta — e os quadros tendem a ser mais intensos e prolongados, com sintomas mais severos e uma recuperação mais lenta.

A literatura científica mostra, com cada vez mais clareza, a forte ligação entre a alimentação e o bom funcionamento do sistema imunológico. Dietas ricas em frutas, vegetais, grãos integrais, oleaginosas, peixes, laticínios fermentados e azeite de oliva são frequentemente associadas à melhor resposta imunológica.

Aquela recomendação clássica de consumir frutas cítricas no inverno continua válida — elas são fontes importantes de vitamina C, um nutriente essencial na prevenção de infecções virais. Para atingir a quantidade ideal, deve-se consumir de duas a três porções diárias de frutas ricas nessa vitamina.

Exemplos potentes

Outros nutrientes também desempenham papéis fundamentais: a vitamina A, presente em frutas e vegetais coloridos; a vitamina D, encontrada especialmente em peixes gordurosos e laticínios; e a vitamina E, abundante em sementes, castanhas e azeite de oliva.

Os alimentos fermentados e os probióticos merecem destaque por sua atuação direta na saúde intestinal: ajudam a formar a barreira intestinal e a modular a resposta imunológica, reduzindo a vulnerabilidade a infecções.

Além dos nutrientes essenciais, certos alimentos oferecem compostos bioativos, como polifenóis, antocianinas e carotenoides, que reforçam o sistema antioxidante do corpo, contribuindo na defesa contra agentes invasores. Frutas de coloração roxa, avermelhada ou azul, como mirtilo, amora, açaí, uva, cereja, cranberry e morango são exemplos potentes.

Os minerais ferro, zinco, cobre e selênio, igualmente importantes para a imunidade, podem ser obtidos de fontes como carnes, leguminosas, castanhas, sementes e cereais — e devem fazer parte da alimentação regular.

Hábitos prejudiciais

Por outro lado, alguns hábitos podem prejudicar seriamente o sistema imunológico. O consumo frequente de alimentos ultraprocessados, açúcares em excesso e gorduras saturadas favorece a inflamação sistêmica e desequilibra a flora intestinal. O estresse elevado também tem impacto direto, ativando mecanismos que enfraquecem a imunidade.

Portanto, se você quer atravessar o inverno com mais saúde e menos infecções, comece agora a rever seus hábitos. Priorize uma alimentação rica em nutrientes, durma bem, pratique exercícios físicos, reduza o estresse e cuide do seu intestino — que abriga a flora intestinal, peça-chave na regulação do sistema imunológico. O seu estilo de vida influencia, sim, a sua imunidade.

Fonte: GZH

Foto: respiro888 / Adobe.Stock.Com

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