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Obras em trechos mais danificados da Rota do Sol devem ficar para o ano que vem

  • Data: 29/Jul/2025

Recuperação da rodovia entre Caxias do Sul e o Litoral Norte foi dividida em três lotes, e já tem verbas garantidas

Apesar da verba para o conserto estar garantida, os motoristas que trafegam pela Rota do Sol terão que conviver por mais alguns meses com os remendos e as irregularidades na pista. Os processos para recuperação foram viabilizados por meio de repasses do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), criado no ano passado para auxiliar em obras de reabilitação da infraestrutura do Estado, e o investimento total previsto é de R$ 397 milhões.

As obras foram divididas em três lotes, e o mais adiantado é o que prevê a recuperação entre Tainhas e Terra de Areia. A ordem de início dos trabalhos neste trecho foi assinada em 17 de junho e o responsável é o Consórcio Sultepa/Iccila. Segundo a assessoria de imprensa do Daer, o contrato foi realizado em regime de contratação integrada, onde primeiro a empreiteira apresenta os projetos básico e executivo e, após aprovação, é iniciada a obra.

Neste momento, as empresas já apresentaram os estudos iniciais, que estão em análise, e assim que forem liberados serão desenvolvidas as demais etapas. Dentro de uma normalidade, a previsão é de que ainda este ano se inicie o trabalho no trecho de 57,1 quilômetros, onde estão previstos recapeamento, oito obras de contenção e 15 ações de reforma de acessos a pontes, viadutos e túneis. O total orçado é de R$ 134 milhões.

Já os outros dois trechos, justamente os que estão em piores condições de tráfego, ainda estão cumprindo as etapas burocráticas anteriores. O primeiro vai de Caxias até o entroncamento com a RS-486, em Lajeado Grande, em um total de 52,4 quilômetros, e foi contemplado com R$ 145 milhões do Funrigs em março deste ano. Este trajeto tem grande quantidade de irregularidades na pista, tendo passado por consertos emergenciais recentemente, mas ainda apresentando buracos e sinalização precária.

O segundo segmento pendente é o que vai de Lajeado Grande a Tainhas, com um total de 39,4 quilômetros e investimento de R$ 118 milhões autorizado, incluído no Funrigs em maio passado. Assim como o lote já licitado entre Tainhas e o Litoral, estes dois também passarão por uma recuperação geral, que vai incluir repavimentação, contenção de encostas e reabilitação de estruturas como pontes e viadutos.

De acordo com a assessoria do Daer, neste momento, as duas etapas de recuperação pendentes estão na fase de apresentação de propostas das empresas habilitadas. A expectativa é que no início de agosto seja definido o resultado, o que então permitirá a contratação das vencedoras. Após isso serão necessários prazos para assinaturas dos contratos e desenvolvimento dos projetos, o que deve ocupar todo o segundo semestre. Por isso, a expectativa de início das obras fica para o início de 2026.

Mobicaxias elogia ações, mas aguarda projetos mais amplos para a rodovia

Mesmo ainda sem o início das obras, o avanço dos projetos para recuperação da Rota do Sol é avaliado positivamente pelo grupo Mobilização por Caxias (MobiCaxias). A entidade entende que o Estado foi sensível ao tema, pois não houve dificuldades em incluir a recuperação da Rota do Sol como uma das prioridades para destinação de verbas do Funrigs.

O diretor-executivo do MobiCaxias, Rogério Rodrigues, ressalta que além dos danos causados pela enchente de 2024, que necessitam de ação urgente, a rodovia já vinha com uma série de problemas. Tanto que, por esse histórico, a recuperação da via foi incluída na Agenda Eleições 2022, elaborada pela entidade, e recebeu o aval do então candidato Eduardo Leite.

A partir da colocação da estrutura atual da Rota do Sol em boas condições, Rodrigues acredita que haverá mais tranquilidade para debater outra questão, que é a ampliação da capacidade da via. Essa necessidade se baseia no aumento de tráfego que deve vir com a implantação de projetos como o Aeroporto de Vila Oliva e o Porto Meridional, em Arroio do Sal.

O MobiCaxias defende um planejamento para a duplicação da rodovia, e que devem ser buscadas alternativas técnicas e financeiras para tal. A concessão é uma das alternativas propostas, e Rodrigues ressalta que há um compromisso da Secretaria Estadual da Reconstrução Gaúcha (Serg) em analisar o cenário e finalizar, até o próximo ano, estudos sobre o tema:

— Tem um compromisso do secretário Pedro Capeluppi de que até o fim da gestão do governador Eduardo Leite ele nos entrega esse projeto. Nossa última conversa com ele foi em abril, mas vamos ter agora uma série de reuniões com o governador para reforçar esse pacto feito anteriormente.

Fonte: GZH

Foto: Neimar De Cesero / Agencia RBS

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