Passo Fundo registra onda de gastroenterite; lavar as mãos pode evitar doença, alerta médico
Só o Hospital Municipal registrou média de 19 pacientes com a doença por dia entre 11 de agosto e 2 de setembro
Hospitais de Passo Fundo, no norte gaúcho, registram aumento nos casos de gastroenterite nas últimas semanas. Os sintomas da doença incluem dor abdominal, cólica, vômito e diarreia intensa.
De 11 de agosto a 2 de setembro foram 483 casos atendidos no Hospital Municipal — uma média de 19 por dia. O volume superou o número de casos de gastroenterite registrados em julho, quando o hospital atendeu a 201 pacientes com esses sintomas.
Uma das afetadas foi Carolina Silva de Lima, 28 anos, que passou mal depois de comer salgados fritos no trabalho. Ela só melhorou depois de hidratação com soro.
— Eu acredito que a causa foi alguma comida, mas não tenho certeza. Eu e uma colega ficamos mal, enquanto outras não tiveram problemas — conta.
Eduardo Saute, 30, também passou mal recentemente.
— Tive ânsia de vômito, cólica, náuseas e febre. Geralmente isso acontece quando como em shoppings, onde não temos controle sobre a preparação dos alimentos e a higiene — disse.
Conforme o médico gastroenterologista e coordenador médico do Hospital de Clínicas de Passo Fundo, Rosemar Stefenon, o surto é geralmente causado por vírus que se espalham facilmente de pessoa para pessoa ou através de alimentos mal conservados e água contaminada.
— O aumento dos sintomas gastrointestinais é notável nos prontos-socorros e consultórios. A infecção viral é uma das mais comuns e se dissemina rapidamente — explicou.
O aumento dos casos pode ter relação com as condições climáticas. Isso porque as temperaturas elevadas favorecem os vírus que causam gastroenterite e colaboram para a contaminação de alimentos.
— Por isso é crucial adotar medidas preventivas, como a boa higienização dos alimentos e limpeza pessoal para evitar a propagação do vírus — ressaltou.
O que fazer quando começam os sintomas
Conforme o médico, a doença é autolimitada na maioria dos casos — ou seja, apesar de aguda, tem curta duração, baixa gravidade e se cura sozinha ou com cuidados simples.
Na prática, os sintomas costumam desaparecer em cinco a sete dias com hidratação adequada.
Casos graves de gastroenterite incluem febre persistente, dores intensas no corpo e sangramento nas fezes, especialmente se os sintomas persistirem por mais de 48 horas sem melhora.
— Nestes casos é fundamental procurar atendimento médico para evitar complicações, como a desidratação, que pode ser particularmente perigosa para crianças e idosos — concluiu.
Fonte: Gaúcha ZH
Foto: Ronald Mendes / Agencia RBS
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