Com mais banhistas no mar, queimaduras por águas-vivas têm alta superior a 200% no litoral gaúcho
Entre 21 e 29 de dezembro, o número de casos subiu de 1.475, em 2023, para 4.863, em 2024
A água cristalina no litoral gaúcho atraiu mais banhistas para o mar nos últimos dias. Com isso, o número de queimaduras por águas-vivas disparou no início desta temporada, com uma alta de 229% em relação aos casos do mesmo período do ano passado.
Segundo dados do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), do dia 21, quando teve início a Operação Verão, até o domingo (29), foram 4.863 ocorrências — foram 1.475 casos no mesmo intervalo de dias em 2023.
Nas areias de Capão da Canoa, é possível ver diversas delas, muitas de grande porte. Com o mar mais transparente, alguns banhistas relatam ter avistado os animais de dentro da água.
O aumento de águas-vivas no mar gaúcho costuma estar relacionado à temperatura das águas. No entanto, segundo o comandante da Operação Verão, major Daniel Moreno, é possível atrelar o fenômeno à grande movimentação de banhistas na água.
Os dias de maior lotação nas praias, o último fim de semana, foram os que mais registraram casos. No sábado (28), foram 1.356 ocorrências; enquanto, no domingo, houve o registro de 2.077 queimaduras, número superior a todos os 10 primeiros dias da temporada anterior. Os dados dizem respeito a toda a faixa litorânea do estado, de Torres ao Chuí.
— Fazemos essa relação com o mar mais quente, mas as águas-vivas estão aqui em qualquer condição. Em outubro, quando começamos a capacitação dos guarda-vidas, elas já estavam no mar. A relação que podemos fazer, sem nenhum erro, é que, com o mar mais agradável, mais pessoas entram na água, fazendo com que haja mais lesões — explica Moreno.
Esse fator também é atribuído a outros números que cresceram nesta Operação Verão. A quantidade de resgates feitos no mar, por exemplo, foi de 93 no ano passado, para 124 neste ano, um aumento de 33%. A temporada já registrou uma morte por afogamento, em Arroio do Sal.
O que fazer
Quando o veranista estiver dentro do mar e sentir uma ardência no corpo, deve procurar imediatamente a guarita dos guarda-vidas mais próxima. Uma garrafa de vinagre é colocada sempre ao lado das estruturas, para que o líquido seja passado no local da lesão.
— O vinagre vai neutralizar a toxina deixada pela água-viva e ajudar a aliviar a dor. Depois, é preciso lavar com água do mar — complementa o comandante da Operação Verão.
Não é recomendado lavar o machucado imediatamente com água doce, como em torneiras e chuveiros. Em casos mais graves, a vítima deve procurar por atendimento médico.
Fonte: Gaúcha ZH
Foto: Jonathan Heckler / Agencia RBS
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