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Serviços de saúde registram casos de banhistas feridos por anzóis e esporões de bagre

  • Data: 03/Fev/2025

Médicos alertam sobre a importância das vítimas procurarem um pronto atendimento ou um hospital. Principal orientação é para não tentar retirar o objeto por conta própria

Na temporada de verão, é comum banhistas se machucarem com anzóis de pesca ou até com esporões de bagres, e é importante que os veranistas saibam como proceder nessas situações. Especialistas ouvidos por Zero Hora dão recomendações.

O cirurgião e diretor técnico do Hospital de Tramandaí, Noslen Rodrigues de Souza, afirma que os casos de banhistas machucados com anzóis são atendidos com mais frequência na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

— No hospital, chegam cerca de dois casos por mês. Mas na UPA são 10. Geralmente, no hospital há atendimento aos casos mais graves para retirada cirúrgica — explica, dizendo que a maior preocupação é quando o anzol pega no olho da pessoa.

O médico alerta que quem se acidentar com anzol não deve tentar resolver a situação de qualquer jeito:

— A primeira orientação é não tentar arrancar. O pessoal coloca erva de chimarrão, pasta de dente, batata. E tentam colocar um alicate. Em nenhuma hipótese tentar tirar, porque o anzol tem uma parte traseira que tranca — destaca.

O cirurgião diz que o procedimento para a retirada precisa de anestesia.

— Quando tiramos o anzol na posição certa fazemos uma exploração cirúrgica para ver se ficou qualquer resíduo de areia ou metal e se isso pode gerar uma infecção — detalha.

O cirurgião diz que outro problema comum são pessoas feridas por esporão de bagre. Nessas ocasiões, até um intensificador de imagem é utilizado para localizar a posição do esporão no corpo. 

— O pessoal na pescaria bota o peixe, às vezes, na beira de onde está pescando. E alguém pisa no peixe e ele larga o esporão. É muito dolorido e cheio de guelras. Quando chega para nós, temos de colocar no bloco cirúrgico — relata.

O médico afirma que se não for feita a conduta certa no paciente, há possibilidade de infecção e, "muitas vezes, é preciso dar um tratamento preventivo até com antibióticos".

Procurar atendimento

O médico Leandro Mallmann, do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes de Torres, orienta que a pessoa ferida procure o pronto atendimento mais perto "para fazer a retirada do anzol com um profissional qualificado". Mallmann revela que o peixe bagre possui três ferrões.

— O paciente tem que se direcionar ao pronto atendimento ou ao hospital. O ferrão dele é em forma de serrote. Ele não deve fazer a retirada, porque pode causar uma lesão ainda maior.

Para atenuar a dor, a indicação é para que seja feita compressa com água morna. Na sequência, a vítima deve ir ao pronto atendimento.

— Não se deve usar nada além de uma compressa morna até chegar ao pronto atendimento para evitar infecções. Outro fator importante é revisar todas as vacinas. Quando tiver um ferimento de bagre, mesmo que não tenha ficado o ferrão, é importante fazer o acompanhamento da ferida. É bom se direcionar ao pronto atendimento.

Em Capão da Canoa, o Hospital Santa Luzia informa que as vítimas de anzóis e esporões procuram diretamente a UPA do município.

Recomendações

  • Não tentar tirar o anzol de pesca ou o esporão do bagre sozinho
  • Não usar alicate para tentar tirar o anzol
  • Não colocar erva-mate, batata ou creme dental no ferimento
  • Procurar um pronto atendimento ou hospital
  • Estar com as vacinas em dia
  • Fazer compressas com água morna no local da ferida do esporão

Fonte: Gaúcha ZH

Foto: Renan Mattos / Agencia RBS

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